Páscoa e seus símbolos

A PÁSCOA E SEUS SÍMBOLOS

O nome páscoa surgiu a partir da palavra hebraica "pessach" ("passagem"), que para os hebreus significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu (marcado pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto para "abrir passagem" aos filhos de Israel que Moisés ia conduzir para a Terra Prometida).
Ainda hoje a família judaica se reúne para o "Seder", um jantar especial que é feito em família e dura oito dias. Além do jantar há leituras nas sinagogas.

Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. A passagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria [2] .
Em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração da páscoa era marcada com o fim do inverno e o início da primavera. Tempo em que animais e plantas aparecem novamente. Os pastores e camponeses presenteavam-se uns aos outros com ovos.
OVOS DE PÁSCOA
 De todos os símbolos, o ovo de páscoa é o mais esperado pelas crianças.

Nas culturas pagãs, o ovo trazia a idéia de começo de vida. Os povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte. Os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos, na primavera, como referência à renovação da vida.

Existem muitas lendas sobre os ovos. A mais conhecida é a dos persas: eles acreditavam que a terra havia caído de um ovo gigante e, por este motivo, os ovos tornaram-se sagrados.
Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.

Pintar ovos com cores da primavera, para celebrar a páscoa, foi adotado pelos cristãos, nos século XVIII. A igreja doava aos fiéis os ovos bentos.

A substituição dos ovos cozidos e pintados por ovos de chocolate, pode ser justificada pela proibição do consumo de carne animal, por alguns cristãos, no período da quaresma.

A versão mais aceita é a de que o surgimento da indústria do chocolate, em 1830, na Inglaterra, fez o consumo de ovos de chocolate aumentar.
COELHO

 O coelho é um mamífero roedor que passa boa parte do tempo comendo. Ele tem pêlo bem fofinho e se alimenta de cenouras e vegetais. O coelho precisa mastigar bem os alimentos, para evitar que seus dentes cresçam sem parar.

Por sua grande fecundidade, o coelho tornou-se o símbolo mais popular da Páscoa. É que ele simboliza a Igreja que, pelo poder de cristo, é fecunda em sua missão de propagar a palavra de Deus a todos os povos. 
CORDEIRO

O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da aliança feita entre deus e o povo judeu na páscoa da antiga lei. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.

Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando um cordeiro.

Para os cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, Cordeiro de Deus, que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu: "morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, restituiu-nos a vida". É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.

CÍRIO PASCAL

É uma grande vela que se acende na igreja, no sábado de aleluia. Significa que "Cristo é a luz dos povos".

Nesta vela, estão gravadas as letras do alfabeto grego"alfa" e "ômega", que quer dizer: Deus é princípio e fim. Os algarismos do ano também são gravados no Círio Pascal.

O Círio Pascal simboliza o Cristo que ressurgiu das trevas para iluminar o nosso caminho.
GIRASSOL

O girassol é uma flor de cor amarela, formada por muitas pétalas, de tamanho geralmente grande. Tem esse nome porque está sempre voltado para o sol.

O girassol, como símbolo da páscoa, representa a busca da luz que é Cristo Jesus e, assim como ele segue o astrorei, os cristãos buscam em Cristo o caminho, a verdade e a vida.

PÃO E VINHO
O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a Eucaristia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e sua presença no meio de nós.
Jesus já sabia que seria perseguido, preso e pregado numa cruz. Então, combinou com dois de seus amigos (discípulos), para prepararem a festa da páscoa num lugar seguro.

Quando tudo estava pronto, Jesus e os outros discípulos chegaram para juntos celebrarem a ceia da páscoa. Esta foi a Última Ceia de Jesus.
A instituição da Eucaristia foi feita por Jesus na Última Ceia, quando ofereceu o pão e o vinho aos seus discípulos dizendo: "Tomai e comei, este é o meu corpo... Este é o meu sangue...". O Senhor "instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar assim o Sacrifício da Cruz ao longo dos séculos, até que volte, confiando deste modo à sua amada Esposa, a Igreja, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal, em que se come Cristo, em que a alma se cumula de graça e nos é dado um penhor da glória futura" [3].
A páscoa judaica lembra a passagem dos judeus pelo mar vermelho, em busca da liberdade.

Hoje, comemoramos a páscoa lembrando a jornada de Jesus: vida, morte e ressurreição.


Colomba Pascal

O bolo em forma de "pomba da paz" significa a vinda do Espírito Santo. Diz a lenda que a tradição surgiu na vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria presenteado o rei lombardo Albuíno com a guloseima. O soberano, por sua vez, teria poupado a cidade de uma cruel invasão graças ao agrado.


SINO

Muitas igrejas possuem sinos que ficam suspensos em torres e tocam para anunciar as celebrações.

O sino é um símbolo da páscoa. No domingo de páscoa, tocando festivo, os sinos anunciam com alegria a celebração da ressurreição de cristo.
Quaresma

Os 40 dias que precedem a Semana Santa são dedicados à preparação para a celebração. Na tradição judaica, havia 40 dias de resguardo do corpo em relação aos excessos, para rememorar os 40 anos passados no deserto.

Óleos Santos
Na antiguidade os lutadores e guerreiros se untavam com óleos, pois acreditavam que essas substâncias lhes davam forças. Para nós cristãos, os óleos simbolizam o Espírito Santo, aquele que nos dá força e energia para vivermos o evangelho de Jesus Cristo.





Fontes:
[1] Baseado na Coleção Descobrindo a Páscoa, Edições Chocolate.
[2] A vitória da Páscoa, Georges Chevrot, Editora Quadrante, São Paulo, 2002
[3] Vida Eucarística, José Manuel Iglesias, Editora Quadrante, São Paulo, 2005



Qual a origem da Páscoa?

Hoje a Páscoa é uma celebração religiosa, associada ao cristianismo e ao judaísmo, mas nem sempre foi assim. ‘A Páscoa tem sua origem no período pré-religioso judaico e cristão. Era associada a uma festa em celebração ao começo a primavera no Hemisfério Norte. Por isso que muitos símbolos que estão presentes até hoje, como o coelho e o ovo, lembram a primavera’, afirma o professor de teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Érico João Hammes.

Segundo ele, a celebração começou a ser feita pela comunidade cristã somente a partir do século 4, para marcar a ressurreição de Jesus Cristo. Já no judaísmo, a Páscoa é chamada de Pessah e teve origem com a libertação dos judeus no Egito depois de um longo período de escravidão.


Alvorecer de domingo. No jardim, uma escolta romana vigia o túmulo. Um anjo rola a grande pedra que fechava o sepulcro. Os soldados fogem. Mulheres se aproximam para embalsamar o crucificado. O anjo ordena que voltem para dizer aos outros que não há morto. Confusas, se apressam em levar a notícia.
Uma ficou para trás: Maria, de Magdala. Vê o ressurreto. Fala com ele. Agarra-se aos pés dele. Ele a trata gentilmente e se vai.
As outras contam aos homens o que aconteceu. Dois deles correm ao jardim. Não encontram ninguém. O mais jovem olha o túmulo escuro. Não entra. O outro chega e vê o lugar onde estivera o morto. A mortalha está ali. Também o lenço que cobrira o rosto. Dobrado, não largado. Não compreende o que aconteceu.
O mais novo entra. Vê o túmulo vazio. Entende: Jesus ressuscitou! Logo os demais também o veriam. Poderiam tocá-lo. Comer com ele. Vê-lo subir ao céu. Em fim, todos entenderiam o que acontecera. Jesus ressuscitou! Não mais domina a morte. Foi vencida pela vida! Não mais trevas. Luz! Não mais medo. Esperança! Não mais dor. Paz!
Século XXI. Quem entende? Quem crê? Quem proclama? Milhões e milhões de discípulos que agora levam seu nome: cristãos. De diferentes povos, línguas, nações. Muita gente.
Um povo. Um Deus. Uma Igreja. Um Senhor.
Páscoa! Celebrando Jesus, o doador da vida e Salvador do mundo!
Páscoa! Tempo de comunhão, de renovar a fé e proclamar esperança!
Páscoa! Feliz Páscoa!
Aliança Cristã Evangélica Brasileira
Páscoa de 2015

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O SIGNIFICADO DO LENÇO QUE JESUS DOBROU
TEXTO: João 20:01 a 08
01. E NO primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. 02. Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. 03. Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro. 04. E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. 05. E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou. 06. Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis, 07. E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas dobrado num lugar à parte. 08. Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.

1) INTRODUÇÃO
A bíblia é um celeiro infinito de mensagens, uma fonte inesgotável da palavra de Deus, e tudo que nela esta contida tem um sentido e uma mensagem.
Quando li este texto algo me chamou atenção e logo fui buscar resposta da parte de Deus. Algo que mexeu com meu coração e que com certeza também irá lhe dar outra visão quando ler algo na bíblia que achar insignificante. Por isso quero que abra seu coração e deixe a boa mensagem do céu entrar em seu coração.

2) A MORTE DE JESUS
O Relato abaixo foi feito pelo  médico francês, Dr. Barbet. “Eu sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo”. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo anatomia. “Posso, portanto escrever sobre o assunto sem qualquer presunção.” Dr. Barbet.
A AGONIA NO GETSÊMANI
Jesus entrou em agonia no Getsemani - escreve o evangelista Lucas - orava mais intensamente. "E seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão dum clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. Produz-se em condições excepcionais. Para provocá-lo é necessária uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens deve ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.
A COVARDIA DE PILATOS
Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus.
O FLAGELO, O ESACÁRNIO.
Os soldados despojam Jesus e  o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos, chamados de azorrague. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.
A COROAÇÃO
Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam em uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).

Colocam sobre o corpo de Jesus um manto púrpura, e o levam a Pilatos, que depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; o qual pesava uns cinqüenta quilos, pois havia sido preparada para o tamanho da estatura de Barrabás. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregulares, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso.
A CRUCIFICAÇÃO
Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la é atroz. Alguma vez vocês tiraram uma atadura de gaze de uma grande chaga? Não sofreram vocês mesmos esta experiência, que muitas vezes precisa de anestesia? Podem agora dar conta do que se trata? Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Como aquela dor atroz não provoca uma síncope? O sangue começa a escorrer. 

Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pó e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), o apóiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus  deve ter contraído o rosto assustadoramente. No mesmo instante o seu pólice, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. Isso provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado!
Ao contrário (constata-se experimentalmente com freqüência) o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.

O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos o laceraram o crânio. A pobre cabeça de Jesus inclinou-se para frente, uma vez que a espessura do capacete o impedia de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudíssimas.

Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz.

Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Como um ferido atingido de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios.

A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar, e como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeto purpúreo e enfim em cianítico. Jesus atingido pela asfixia, se sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem da órbita.
Que dores atrozes devem ter martelado o seu crânio! Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça.

Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés, inimaginável! Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde de repente a temperatura se abaixa.
A MORTE DE JESUS
Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre, de vez em quando se eleva para respirar. A asfixia periódica de alguém que está destroçado. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado  disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Então ele morre.

3) A RESSURREIÇÃO
Agora que você conhece mais um pouco sobre todo sofrimento que nosso Jesus passou para nos dar a salvação eterna, quero comentar sobre a ressurreição de Jesus, após três dias estando sepultado.

Jesus ressuscitou como havia dito, e tudo aconteceu como foi registrado por Ele antes de sua morte. A primeira pessoa a ser agraciada com a visão de Jesus em um corpo ressurreto foi uma mulher chamada Miryan da cidade de Magdala, a qual a conhecemos por Maria de Madalena. Logo ao chegar ao túmulo ele o vê mais não o reconhece, pois como disse ele estava em um corpo ressurreto, assim então era um corpo sem sangue, um corpo diferente o que não permitiu que ela o conhecesse, mas sobre isso falemos em uma outra vez.

Jesus manda que ela avise seus amigos, pois era mister que Ele os encontrasse. Mas ao ouvir as palavras de Maria Madalena, Pedro e João travam uma corrida em direção ao local do sepultamento, mas lá chegando eles observam que o corpo não estava lá, mas que os lençóis estavam ali, porém o lenço que cobria o rosto de Jesus, ou a cabeça de Jesus estava do lado devidamente dobrado.

Se Jesus somente nascesse e desaparecesse na história, Ele não seria ninguém, se Ele somente nascesse e morresse Ele seria como outro homem qualquer. Ele se diferenciou de todo e qualquer ser humano, Ele superou qualquer expectativa, venceu a vida, pois logo ao nascer já tentaram o matar, e venceu a morte ressuscitando ao terceiro dia, deixando todos pasmos diante de seu poder.

4) POR QUÊ JESUS DOBROU O LENÇO?
Mas o que realmente me chamou atenção para que nascesse esta mensagem foi o fato de que Jesus teria dobrado o lenço ao ressuscitar. Ele não se preocupou com os lençóis que o cobriam, mas deu uma atenção ao lenço que tinha coberto sua cabeça. Por quê? Qual seria a real intenção de Jesus? Qual mistério estaria relacionado ao lenço dobrado?

O que me deixa cada vez mais apaixonado pelos fatos descritos na bíblia é a grande riqueza de detalhes em cada evento. Então vou lhe dizer algo que tocou meu humilde e pequeno coração mortal.

Para entendermos mais sobre o que Jesus fez ou nos quis dizer ao dobrar o lenço precisamos conhecer um pouco da tradição judaica da época que Jesus viveu.
A história do lenço tem a ver com o “Senhor e o servo”, um evento que todo menino judeu por mais jovem conhecia. Era como um ato de etiqueta no costume judaico da época, e é isso que Jesus queria dizer, pois bem sabemos que Jesus pregava por parábolas, por palavras, e por atitudes as quais eu prefiro chamar de gestos. Em tudo o que Ele fazia estava pregando uma mensagem ao povo.

5) O COLOCAR DA MESA
Quando o servo arrumava a mesa para refeição de seu senhor, buscava ter certeza de que estava fazendo tudo conforme a vontade de seu senhor, tudo conforme o senhor gostava que se fizesse. Após ter colocado a mesa perfeitamente, o servo saía para fora, longe da visão se seu senhor até que este tivesse terminado sua refeição. O servo nunca se atreveria tocar a mesa antes que seu amado senhor já tivesse terminado sua refeição.

Após terminado a refeição o senhor se levantaria, pegaria seu lenço que fora colocado dobrado ao lado do prato na mesa, limparia seus dedos, sua boca, e sua barba e embolaria o lenço o jogando sobre a mesa. Naquela tradição o lenço embolado e jogado queria dizer: “Eu terminei!”.
Porém se o senhor se levantasse da mesa e deixasse o lenço dobrado ao lado de seu prato o servo não se atreveria tocar a mesa, pois o lenço dobrado queria dizer: “Eu voltarei!”

6) CONCLUSÃO
Meu amado e amigo irmão quer você acredite ou não, Jesus esta voltando para terminar aquilo que começou, e para que tudo realmente esteja consumado ainda falta levar a Igreja, sua noiva para as bodas com o noivo. Eu creio em cada vírgula contida na bíblia, por isso procuro pregar esta mensagem salvadora.

Jesus sofreu tudo isso por sua vida e você ainda acha que não vale nada? Você é a pessoa mais importante desse mundo.

Por isso eu convido a você entregar sua vida para Jesus e viver em novidade de vida na terra, pois o noivo vai chegar a qualquer momento.
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Sábado de Aleluia.

Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse- lhes: Paz seja convosco! Jo 20.19


O chamado sábado de aleluia é o período entre a morte e a ressurreição.

Onde estão os discípulos nesse intervalo? No mesmo lugar onde o Cristo os achará no domingo, trancados numa casa, por medo dos judeus.

Pensavam que os judeus se importavam com eles, com o que poderiam fazer. Mas, os líderes judeus não os viam, senão, como estúpidos peões arrastados por um louco carismático. Estavam convictos que morto o pastor, as ovelhas se dispersariam; isto bastava.

Aliás, não era prática dos líderes judeus entregar alguém do seu povo para os romanos, Jesus de Nazaré foi a exceção, por excelência, pois, concluira Caifás, profetizando sem o saber, que era melhor que um morresse do que toda a nação perecesse.

Mas, no final das contas, os líderes judeus, parecia, estavam certos, lá estavam os discípulos, auto-trancafiados, aprisionados pelo medo.

Os discípulos se recolheram porque reagiram à morte do Senhor com medo e não com fé. O Senhor, reiteramente, falou de sua ressurreição, mas, os discípulos não conseguiam ouvir, porque a possibilidade da ressurreição, ainda na história, mesmo com a ressurreição de Lázaro, não fazia parte do leque de possibilidades de seu construto de fé.

De fato, Jesus falava de ressurreição gloriosa, e isso não estava no horizonte dos discípulos, provavelmente, não se deram conta dos que ressuscitaram quando o Jesus de Nazaré expirou.

Eles sabiam de Enoque e de Elias, que não morreram; eles criam na ressurreição do mortos, mas, no último dia (Jo 11.24); não conseguiram crer no tipo de ressurreição de que Cristo falava. 

E este é sempre o equivoco, não se crê na possibilidade ou não de um evento, quem crê, crê na pessoa que fala do evento, e é a pessoa que diz que dá credibilidade ao evento que anuncia, não a experiência humana que tenta sondar as possibilidades de tal evento acontecer.

Em outras palavras, não creram em Jesus de Nazaré. 

Se tivessem crido estariam na contagem regressiva, estariam se preparando para a ressurreição, estariam preparando uma festa!

Sempre será assim, qualquer reação à vida será de acordo com a fé de quem reage. 

O sábado de aleluia é tido como o dia de “malhar o Judas”, mas, de fato, é o dia de se preparar para a ressurreição, é dia de preparar a festa para receber a aurora do novo tempo, da nova fase da história da redenção, a fase da redenção sob a luz da ressurreição. E é assim que relembramos esse dia.


Nós cremos no Senhor Ressurrecto, e, por isso, sempre reagimos com esperança e certeza de fé, porque o triunfo do bem, depois da ressurreição do Senhor, passou a ser apenas uma questão de tempo.
Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo:Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. !Co 11.23-26

Pelo Senhor Espírito Santo, o apóstolo Paulo nos traz a visão do Senhor Jesus, o Cristo de Deus, sobre a noite em que celebrou a ceia com os seus discípulos.

Temos, pelo Senhor Espírito Santo, a visão dos discípulos descrita nos Evangelhos, eles nos disseram que foi um dia tenso… O Senhor Jesus estava comunicando a sua morte, mas, demonstrava enorme desejo de participar com eles, daquele momento. Ninguém, entre os discípulos, estava disposto a prestar serviço, assim, o próprio Jesus lavou os pés deles, para que participassem, sem constrangimento, da ceia, era a última lição do Senhor antes do Calvário.

Na visão do Senhor, entretanto, comunicada ao apóstolo das gentes, o momento é registrado como o dia da traição.

De fato, a Divinidade (a Unidade Divina do Pai, do Filho e do Espírito Santo) foi traída pela humanidade no jardim, passando pelo povo de Jacó, porque o Senhor Jesus, a Palavra da Divinidade feita carne, veio para os seus e os seus não o receberam (Jo 1.11), e pelos seus discípulos, que ele chamava de amigos (Jo 15.15).

A resposta do Senhor Jesus à traição, em todos os tempos, foi dar a sua vida em favor dos traidores.

A ação do Senhor Jesus é normativa para todos os seus seguidores, somos instados a dar a nossa vida em favor dos irmãos.

Ao dar a sua vida, o Senhor Jesus criou todas as condições para que a Divinidade salvasse a humanidade, por meio da redenção dos eleitos pelo Pai.

Embora, sem nenhuma culpa, o Senhor Jesus foi, por Deus, feito culpado em favor da humanidade: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21).

Por definição, qualquer ser humano está em condições de representar a espécie humana, menos diante da lei divina que nos sentenciou à morte. 

Quando o primeiro ser humano, o patriarca da humanidade, traiu à Divinidade ele morreu, e todos os que, embrionariamente, estavam nele morreram, morte, esta, que se espalhou por todas as suas circunstâncias. Mas, não era a morte pela Lei, era a morte fruto do pecado, não fruto da satisfação da justiça. Porque quando a humanidade traiu à Divinidade um outro princípio ativo passou a governar a nossa maneira de existir, o princípio da lei e da morte (Rm 8.2). 

Mas, Jesus de Nazaré, embora verdadeiramente Deus, era um ser humano que não nasceu em estado de pecado, isto é, não nasceu tendo como princípio ativo a lei do pecado e da morte, e nunca pecou, por isso, ele pôde nos representar diante a Lei. Ele estava em condição de, como um ser humano não maculado pelo pecado, cumprir a lei, assumindo, em nome da humanidade a condenação que pesava sobre a unidade humana. Como ele disse: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mt 5.17)


A Divindade operou uma proeza: assim como, para libertar os hebreus, infiltrou um hebreu na família de Faraó, para libertar a espécie humana a Divindade infiltrou uma das pessoas de Deus na humanidade, por nascimento de mulher, de modo que, passamos a ter um filho de Adão que podia morrer a morte da lei.


Na sexta-feira da Paixão relembramos este grande movimento de Deus: um ser humano que tinha como princípio ativo o Espírito da vida, cumpriu a lei pela humanidade, carregando sobre si as nossas iniquidades (Is 53.11). Bendito seja o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, que abriu a mão de sua Glória de Deus Filho, para ser membro da humanidade de modo que passássemos a viver pelo princípio do Espírito da Vida e tivéssemos a esperança da Glória! (Cl 1.27).

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