Quem é Jesus Cristo? O Que A Bíblia Diz Sobre a Vida de Jesus?


Jesus Cristo é o Unigênito Filho de Deus. Ele entregou sua própria vida em sacrifício para redimir todo aquele que nele crer. Sendo a Segunda Pessoa da Trindade, Jesus é igualmente Deus, assim como o Pai e o Espírito Santo.
Do Antigo ao Novo Testamento, do primeiro ao último livro, do começo ao fim, a Bíblia mostra claramente quem é Jesus Cristo. As informações sobre a pessoa de Jesus são tão vastas que é impossível sintetizar tudo em um único texto.

As profecias acerca de Jesus

Por todo o Antigo Testamento encontramos inúmeras profecias acerca de Jesus, o Messias que haveria de vir. Na verdade não apenas as profecias diretamente, mas os salmos, os símbolos, os pactos e mesmo as palavras de repreensão e castigo apontavam, de alguma forma, para a pessoa e a obra de Cristo.
As profecias messiânicas mais conhecidas sobre quem é Jesus estão registradas no livro do profeta Isaías. O profeta profetizou sobre seu nascimento de uma virgem, e sobre sua obra redentora (Isaías 7:14; 53).

O nascimento de Jesus

Jesus nasceu em Belém, na cidade do rei Davi, conforme foi profetizado pelo profeta Miqueias (Miqueias 5:2; cf. Mateus 2:1-12). Maria, uma jovem virgem de Nazaré, concebeu o Salvador do mundo por obra do Espírito Santo (Lucas 1:35).
Como não foi encontrada nenhuma vaga na estalagem, Maria deu à luz a Jesus Cristo num estábulo (Lucas 2:1-5). Os relatos bíblicos fornecem pouquíssima informação sobre sua infância e juventude. A Bíblia apenas destaca o episódio em que Jesus tinha doze anos e foi encontrado por José e Maria entre os doutores no Templo. Sobre sua infância, o texto bíblico informa que nessa época Ele crescia “em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lucas 2:49-52).

O ministério terreno de Jesus

Quando tinha cerca de 30 anos, Jesus partiu de Nazaré e foi batizado por João Batista (Mateus 3:13-17). Logo depois, Ele foi conduzido pelo Espírito ao deserto da Judéia para ser tentado (Mateus 4:1,2).
relato da tentação de Jesus contrasta com a tentação de Adão e Eva na Queda da raça humana (Gênesis 3). Jesus foi tentado, mas venceu todas as tentações e nunca pecou (Hebreus 4:15).
Após quarenta dias e quarenta noites no deserto, Jesus, pela virtude do Espírito Santo, voltou para a Galiléia e deu início ao seu ministério público. Foi então que Ele escolheu seus discípulos e começou a pregar por toda parte as boas-novas da chegada do reino dos céus (Mateus 4:17-25).
Jesus realizou grandes milagres, curando doentes, expulsando demônios, ressuscitando mortos, acalmando a tempestade, multiplicando o alimento e muitos outros. Foram tantas obras maravilhosas que o Evangelho de João afirma que seria impossível registrar todas elas (João 21:25). Todos esses milagres demonstravam o poder pleno de Jesus sobre todas as coisas.

A morte, ressurreição e ascensão de Jesus aos Céus

A última semana de Jesus antes de ser preso e morto, foi marcada por acontecimentos significativos, como a entrada triunfal em Jerusalém (Mateus 21:1-11), a purificação do Templo (Mateus 21:12-16), o pronunciamento de seu sermão escatológico (Mateus 24-25) e a instituição da Ceia (Mateus 26:26-30). Saiba mais sobre a última semana de Jesus.
Na mesma noite em que celebrou a Páscoa com seus discípulos e instituiu a Ceia do Senhor, Jesus foi traído e preso. O traidor foi um de seus discípulos, Judas Iscariotes (Mateus 26:47-56; Marcos 14:43-52; Lucas 22:47-53; João 18:1-12).
Após ser preso, Jesus foi julgado, torturado e condenado à morte, sendo crucificado num lugar chamado Calvário (Mateus 27:32-44). A crucificação era a pior e mais humilhante pena de morte da época. Ele ainda foi crucificado com uma coroa de espinhos, e em sua cruz foi colocada uma identificação que dizia: “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”(João 19:19).
Para cumprir as Escrituras, um soldado ainda o transpassou com uma lança, furando o lado de seu corpo (João 19:31-37). Depois, Jesus foi sepultado num tumulo preparado por José de Arimatéia (Mateus 27:57-61). Jesus foi crucificado e sepultado na sexta-feira, mas no domingo Ele ressuscitou dos mortos. Após ressuscitar, Jesus subiu ao Céu, onde está exaltado a direita do Pai, deixando-nos a promessa de que um dia voltará (Atos 1:9-11).

Realmente quem é Jesus Cristo?

A pergunta sobre quem é Jesus não é uma pergunta de hoje. Já em sua época essa mesma pergunta era feita. Certa vez Ele próprio perguntou a seus discípulos: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem?” (Mateus 16:13).
A resposta dos discípulos foi interessante, e na verdade é ainda a mesma resposta dada por muitas pessoas na atualidade. Eles disseram que as pessoas diziam que Jesus era João Batista, o profeta Elias, o profeta Jeremias ou outros profetas (Mateus 16:14).
Isso significa que as pessoas simplesmente afirmavam que Ele era um homem como qualquer outro, sim, um homem notável como João, Elias ou Jeremias, mas ainda assim simplesmente um homem. No entanto, logo em seguida, o apóstolo Pedro, revelado por Deus, respondeu essa pergunta de forma correta. Ele disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16).
Jesus Cristo é Deus
O Evangelho de João nos revela essa verdade logo em suas primeiras palavras: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1). A divindade de Jesus é afirmada de forma clara durante todo o Novo Testamento, onde lemos que a plenitude da divindade habita nele, pois Ele é a imagem do Deus invisível (2 Coríntios 4:4; Colossenses 1:15-19; 2:9).
Além disso, Jesus possui os atributos divinos (Mateus 28:18; Hebreus 1:3; Apocalipse 2:23). Ele também é designado com os mesmos nomes e títulos que Jeová recebe no Antigo Testamento (cf. Isaías 44:6; Apocalipse 1:17).
Tudo o que existe foi criado por Ele e para Ele (Colossenses 1:16). Ele tem poder para perdoar pecados (Colossenses 3:13) e receber adoração (Hebreus 1:6). Ele próprio declarou: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30).

Jesus Cristo é o Verbo que se fez carne

Se a Bíblia é clara ao afirmar que Jesus Cristo é Deus, da mesma forma ela é suficientemente clara ao afirmar a humanidade de Jesus. De fato, o mesmo texto que afirma sua divindade, também afirma sua humanidade, isto é, “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (João 1:14).
Dessa forma, entendemos que Jesus era plenamente homem e plenamente Deus. Qualquer ensino que negue essa verdade não é o verdadeiro Evangelho. O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, afirma: “Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5).
Portanto, Jesus experimentou as mesmas limitações que nós, como homens, experimentamos. Ele passou por sofrimentos, vontades, privações, dores, fome, cansaço, fraquezas etc. (Lucas 23:46; João 4:6-7; 6:38; 12:27). Porém, diferente de nós, Ele nunca pecou!

Jesus Cristo é o Salvador

A morte e ressurreição de Jesus foi o clímax do plano divino da redenção, um plano concebido por Deus ainda na eternidade, antes da fundação do mundo (1 Pedro 1:19,20). É justamente nesse ponto, quando olhamos para sua obra redentora, que podemos entender por que Jesus precisava ser plenamente Deus e plenamente homem.
Apenas sendo homem Ele poderia morrer pregado numa cruz, e apenas sendo Deus Ele poderia ser capaz de satisfazer a justiça divina e redimir o seu povo. Portanto, na cruz, Jesus Cristo, Deus e homem, fez o que ninguém mais seria capaz de fazer. Dessa forma, Jesus é muito mais do que apenas um bom exemplo a ser seguido, sua obra é muito maior do que qualquer ideia romântica de um martírio heroico.
Diante da pergunta sobre quem é Jesus Cristo, só nos resta responder que Ele é o Emanuel, o Deus conosco, e sua obra está além de qualquer possibilidade humana. Mesmo sendo Deus, Ele substituiu homens ao se fazer maldito por eles morrendo numa cruz. Sim, é impossível responder quem é Jesus sem se lembrar de que Ele ocupou o lugar de miseráveis pecadores, recebeu o castigo que lhes era merecido, e os reconciliou com Deus.


E a sempre dúvida sobre o texto de João 19 "Mulher, eis aí o teu filho..."


O texto diz: “Mulher, eis aí teu filho”]


Apesar da sua dor inimaginável na cruz, Jesus demonstrou sua preocupação com os outros. Estendeu misericórdia para soldados brutais e um ladrão condenado. Depois, ele olhou e viu ao pé da cruz um grupo de mulheres, e seu olhar caiu sobre sua mãe e, perto dela, um dos seus amados discípulos.
O papel de Maria no dia da crucificação é uma história digna de bastante reflexão. O único ser humano presente quando Jesus foi concebido pouco mais de 30 anos antes, Maria sabia que Jesus não era filho biológico de José, e sim o Filho de Deus. Se ela tivesse mentido sobre a concepção desse filho, o momento da crucificação seria o momento crítico para confessar sua mentira e salvar seu filho. Maria observou em silêncio e não mudou sua história. A presença dela com os discípulos de Jesus durante seu sofrimento e depois da sua ressurreição (Atos 1:14) é uma das provas mais interessantes da divindade de Cristo.
“E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena. Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa” (João 19:25-27).
Dos quatro autores dos relatos bíblicos da vida e morte de Jesus, João é o único que relata essas palavras de Jesus. O entendimento quase universal do relato é que o próprio João foi o discípulo amado mencionado. É interessante notar que o relato de João, depois deste momento, pula alguns fatos relatados pelos outros. É possível que ele tenha se ausentado da cruz por algum tempo precisamente para levar Maria para sua casa e cuidar dela.
O que aprendemos destas expressões de preocupação durante as últimas horas da vida de Jesus?
Primeiro, percebemos sua atitude de responsabilidade familiar. Como o mais velho dos filhos de Maria (Mateus 13:55-56), Jesus teve uma responsabilidade especial. Tudo sugere que o pai adotivo dele, José, teria morrido algum tempo antes. O cuidado de Maria cairia sobre seus filhos, e o primogênito seria especialmente envolvido em assegurar seu bem-estar. Jesus, um filho exemplar desde sua infância (Lucas 2:51-52), mostrou esta preocupação até suas últimas horas.
Uma das mais belas características do amor familiar é a preocupação com aqueles que ficam para trás. Quantas mães lutam contra doenças terríveis com a vontade de sobreviver para cuidar dos seus filhos? Quantos idosos oram a Deus diariamente, pedindo somente para viver tempo suficiente para cuidar do cônjuge até o fim da sua jornada terrestre? Estas atitudes refletem o amor que Jesus mostrou na cruz quando providenciou para o cuidado da sua mãe. Nós que ainda temos pais vivos podemos aprender uma grande lição desse exemplo.
Segundo, percebemos sua atitude sobre a família espiritual. Se o primogênito não tivesse condições de cuidar da mãe, normalmente a responsabilidade seria repassada para um dos outros filhos. Jesus, porém, valorizava mais as relações com a família espiritual. Durante seu ministério, Jesus teve que lidar com a rejeição pelos próprios irmãos: “Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele” (João 7:5). Não há dúvida sobre a fé dos irmãos de Jesus depois da ressurreição. Lucas disse que estavam juntos com os seguidores fiéis em Jerusalém depois da ascensão de Jesus (Atos 1:14), e Paulo os cita como servos do Senhor (1 Coríntios 9:5). Quando Jesus morreu, porém, não há menção dos seus irmãos entre os discípulos. Nesse momento, Jesus confiou mais em um irmão na fé do que em um irmão na carne. Não há surpresa nisso, pois ele mesmo disse: “Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mateus 12:50).
Jesus é o Filho de Deus (Lucas 1:35). Mas naquelas palavras na cruz, ele também se mostrou um filho exemplar no seu cuidado de Maria, a mulher abençoada por Deus com o grande privilégio de criar o Salvador que veio para nos resgatar dos nossos pecados.

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